Gestão moderna de vulnerabilidades exige abordagem contínua, contextual e colaborativa
A gestão de vulnerabilidades evoluiu além dos modelos tradicionais e requer uma postura mais dinâmica, estratégica e adaptável. Com base em diretrizes apresentadas por especialistas do setor, as organizações devem abandonar a ideia de programas com começo, meio e fim, e adotar uma abordagem contínua inspirada no modelo de Continuous Threat Exposure Management (CTEM). A seguir, estão os principais pilares dessa transformação:
1. Processo: Trate como um ciclo contínuo, não como projeto pontual
A gestão de vulnerabilidades deve incorporar simulações de violação, análises de caminhos de ataque e testes automatizados. A ideia é manter um ciclo contínuo de avaliação e ajuste, e não apenas reagir a vulnerabilidades amplamente divulgadas ou eventos isolados.
2. Priorização.
Indicadores como o CVSS são limitados por não refletirem o contexto real do ambiente de negócio. Uma matriz de priorização interna deve considerar:
Contexto de segurança: severidade da CVE e pontuação técnica.
Contexto do ativo: ambiente de produção, proteção instalada, exposição pública.
Contexto de negócio: impacto da vulnerabilidade nos ativos críticos da empresa.
3. Pré-triagem: Automatize as etapas preliminares
Antes de mobilizar recursos, é possível automatizar a coleta de dados básicos como CVE, CVSS e EPSS. Isso ajuda a acelerar a triagem e otimizar o foco humano para casos que exigem análise mais aprofundada.
4. Remediação: Adicione lógica para automação inteligente
Nem toda remediação exige ação manual. É possível estabelecer regras para aplicar correções ou controles compensatórios automaticamente, sempre que possível, com base em lógica de decisão previamente definida.
5. Mobilização: Estruture e incentive a colaboração
Formalize responsabilidades entre equipes e incentive a colaboração com abordagens como gamificação no gerenciamento de patches. Isso transforma uma obrigação operacional em um processo engajador e produtivo.
6. Métricas: Defina expectativas com base em recursos
Estabeleça Protection Level Agreements (PLAs) com a diretoria, vinculando prazos de resposta ao orçamento disponível. Isso ajuda a alinhar expectativas, justificar investimentos e responsabilizar entregas.
7. Bem-estar da equipe: Valorize e motive os profissionais de segurança
Manter o engajamento da equipe é essencial. Estimule criatividade, proatividade e mostre o impacto real do trabalho deles. Isso fortalece o comprometimento e a qualidade da resposta às ameaças.
Fonte: https://www.infosecurity-magazine.com/news/infosec2025-seven-steps/
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